Caro leitor,

Nesse report especial, você vai conhecer as quatro ações que estão na mira das equipes de análise lideradas por Felipe Miranda, CIO e sócio-fundador da Empiricus, e por Renato Mimica, sócio e CIO do BTG Pactual Digital.

São empresas com fundamentos excelentes, balanços sólidos e ações com potencial de valorização elevado e muita liquidez.

Como resposta a este editorial, as plataformas da Vitreo e do BTG estruturaram um produto em que você consegue investir nestas 4 hot picks com capital 100% protegido. É a forma de pegar as 4 ações em um só produto, com investimento mínimo de R$ 1.000, a melhor taxa do mercado para esta categoria de produto e sem risco de perda para você durante dois anos.

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Hot Picks Empiricus e BTG - Plataforma Vitreo Hot Picks Empiricus e BTG - Plataforma BTG

Boa leitura!

B3 (B3SA3)

A empresa se destaca pela capacidade de execução e de criação de novas funcionalidades para seus clientes (mais de 80 apenas em 2020), que, por sua vez, aumenta o potencial de seu mercado endereçável ao mesmo tempo em que amplia sua barreira de entrada contra novos competidores.

Os números mostram que o segmento listado, que representa 69% da receita da companhia e concentra toda a parte de negociação de ativos em mercado organizado, é diretamente beneficiado pela expansão do mercado de capitais brasileiro. Mesmo com a forte entrada de pessoas físicas na Bolsa mais recentemente, totalizando 3,6 milhões de contas de varejo na depositária da B3, esse número ainda representa apenas 1,7% da população brasileira (e esse percentual ainda está superestimado, já que um investidor pode ter conta em mais de uma corretora). A título de comparação, esse público é estimado em 15% da população americana. Portanto, ainda há muito crescimento a ser capturado.

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Fontes: B3 e IBGE | Elaboração: Empiricus

O volume de negociação de ações tem crescido de acordo com esse intenso ingresso de investidores, com representação crescente da pessoa física. Essa tendência deve persistir nos próximos anos. Importante lembrar que todo o sucesso de aumento de volume vai ser repartido com os próprios clientes através de um ajuste de precificação de modo a baratear as operações daqueles que mais negociam. É o famoso “ganha-ganha”, que alinha os incentivos dos clientes (negociação mais vantajosa) e da empresa (fomento do mercado).

Essa quantidade cada vez maior de investidores, entretanto, tem um universo de escolha ainda razoavelmente restrito. Ao final do primeiro trimestre de 2021, a B3 tinha 421 empresas listadas – colocando em perspectiva, nos Estados Unidos são mais de 3.500 companhias disponíveis nos pregões diários. Isso mostra o potencial de crescimento da Bolsa e da expansão da receita da companhia em serviços de listagem para novos emissores. A lista de IPOs que devem vir para a Bolsa somente neste ano está recheada — estimativas de mercado apontam para cerca de 40 empresas na fila.

Isso sem falar nas outras classes de ativos listados: juros, moedas, commodities... E, quem sabe, até criptomoedas olhando mais à frente.

Outra possibilidade de geração de valor para a tese é o segmento de tecnologia, dados e serviços, que tem um enorme potencial de crescimento. Essas soluções representam de 30% a 50% da receita de Bolsas de Valores estrangeiras, versus 12% no caso da B3. À medida que o mercado de capitais se desenvolve por aqui, os agentes de mercado tendem a demandar mais dados e inteligência. A B3 está atacando essa frente de forma orgânica, desenvolvendo suas soluções dentro de casa, a começar pelos dados brutos, para depois comercializar os dados de maior valor agregado. Somente em dados brutos, por exemplo, a B3 pode explorar a diferenciação de tarifas de acordo com o nível de serviço de entrega dos dados: quanto menor o delay, maior o preço.

Finalmente, na vertical de infraestrutura para financiamento, que perfaz 5% das vendas, a B3 se posiciona como um centralizador de informações de crédito. Atualmente, a companhia é líder de mercado em registro de financiamentos de veículos e do sistema nacional de gravames – esses dados são consultados por bancos e pelo Detran para evitar fraudes em financiamentos e em revendas. Além disso, a empresa já oferece uma série de soluções para gestão de crédito imobiliário, estando preparada para capturar o ciclo de lançamentos residenciais e corporativos que deve vir à frente. Conforme outros produtos financeiros também migram para um sistema de informações abertas, a B3 deve desenvolver soluções compatíveis, como registro de seguros e registro de recebíveis, que já estão nos planos da companhia.

Ameaças de competição: será que é para tanto?

A B3 está passando por uma espécie de tempestade perfeita. A nuvem carregada começou a se formar na virada do ano, com a perspectiva de uma inflação maior neste ano, o que motivaria um aumento da taxa de juros, que, por sua vez, desmotivaria investidores a entrar na Bolsa, freando o “financial deepening”.

Posteriormente, no último dia 1º, a B3 anunciou a renúncia de um conselheiro, José Berenguer, CEO do Banco XP. Então um banco internacional divulgou um relatório dizendo que o movimento viria da intenção de a XP criar uma Bolsa para competir com a B3. Tudo isso contribuiu para que o papel recuasse mais de 15% desde o início do ano. Tivemos uma conversa com a companhia e achamos que essa queda está um pouco exagerada.

Comecemos pela questão dos juros, tomando como base a evolução das expectativas divulgadas semanalmente pelo Relatório Focus, do Banco Central. No início de janeiro, a expectativa mediana para a inflação de 2021 era de 3,3%, número que evoluiu para 5,8% no Focus do último dia 14. Ou seja, a expectativa de inflação para o ano aumentou em 2,5 pontos percentuais. Por outro lado, a expectativa para os juros aumentou em 3 pontos percentuais no mesmo período. Isso significa que o juro real esperado para o ano quase não mudou — foi um aumento de 0,5 ponto percentual. Dito isso, o investidor deveria estar próximo de neutro quanto a variar sua exposição à Bolsa. Vale lembrar que as empresas oferecem uma proteção natural à inflação, dada sua capacidade de repassar preços. Portanto, o ponto dos juros não seria capaz de explicar a queda de 15% do papel — não de forma racional, pelo menos.

Passemos, agora, ao ponto que talvez seja o mais polêmico, o de um potencial competidor. Nenhum regulador brasileiro (nem o BC, nem a CMV) prevê a existência de somente uma Bolsa, nem proíbe a competição entre diferentes Bolsas. A possibilidade de competição já existe desde pelo menos 2007, quando foi aprovada a instrução CVM no 461.

Entretanto, essa possibilidade – a de competição – parecia não estar precificada até a renúncia de Berenguer, o que assustou os investidores. A chance de concorrência é real (há muito tempo). Mas isso não diminui o valor da B3 em 15%, na nossa visão.

A Austrália, país citado pela companhia como referência para o Brasil em termos de desenvolvimento do mercado de capitais, cresceu o suficiente para absorver uma segunda Bolsa (em 1937). A nova Bolsa, porém, só atua na parte de negociação e tem foco na listagem de empresas menores, que não teriam liquidez suficiente para negociar na principal Bolsa do país. A nova Bolsa abocanhou 20% de participação de mercado em negociação, e a Bolsa original permaneceu com 80%. Esta permaneceu monopolista nas demais linhas de negócio, notadamente liquidação e contraparte central.

Para se ter uma noção da diferença de relevância entre essas duas Bolsas, vamos olhar para a soma de valor de mercado de todas as empresas listadas em cada uma. Na Australian Securities Exchange (ASX), a principal, esse montante supera 1,5 trilhão de dólares australianos (AUD). Na Bolsa secundária, a soma é de poucas dezenas de bilhões de AUD. A diferença de escala é grande.

Aqui no Brasil, a parte de negociação responde por 7% da receita de B3. O grosso do faturamento está nas comissões ligadas às atividades de liquidante e contraparte central, responsáveis por cerca de 65% da receita da companhia. Essa discrepância faz sentido, já que essas receitas funcionam como compensações pelo risco sistêmico assumido por quem exerce esses papéis.

O mercado de capitais brasileiro não é grande o suficiente para ser atrativo a um novo player (ou não deveria, pelo menos). Aqui são 420 empresas listadas, versus mais de 3.000 nos EUA; além disso, menos de 3% da população investe diretamente na Bolsa, versus 15% nos EUA. O novo entrante teria que ser quase irracional para entrar nessa briga com o tamanho que o mercado brasileiro tem hoje.

Imaginemos que, mesmo assim, algum entrante com o bolso fundo decida entrar nesse mercado. Assumindo que essa nova Bolsa conquiste, depois de muita luta, 20% de participação de mercado em negociação, a B3 perderia 1,4% da sua receita total. É muito pouco, e muito desproporcional à queda de 15% do papel desde o início do ano.

Entretanto, grande parte da base de investidores estrangeiros comprados em B3 passa ao largo das nuances da nossa realidade local – lembremos que 70% da base de investidores de B3SA3 é gringa. Daí um banco internacional solta uma nota especulando sobre concorrência, atirando uma bala no fígado dos gringos comprados em B3. Isso provavelmente explica a reação exagerada da cotação.

Se o mercado de capitais brasileiro trilhar o caminho que esperamos, ou seja, de muito crescimento, será natural que a B3 tenha um competidor, olhando mais à frente. Não acreditamos, entretanto, que um novo entrante venha por agora; acreditamos em concorrência para a companhia somente no médio prazo (no mínimo).

Magazine Luiza (MGLU3)

Sem sombra de dúvidas, a Magazine Luiza (MGLU3) se tornou a maior varejista omnichannel do país em termos de valor de mercado (R$ 134 bilhões no fechamento do pregão de ontem). E a ação de maior destaque na Bolsa brasileira em 2020 (desde 2015, na verdade).

Seu case guarda uma diferenciação clara no seu produto que, por vezes, precisa ser rememorada. Aqui cabe reforçar o ponto-chave: quando estou falando de produto, não estou me direcionando aos produtos físicos que ela vende, mas sim a sua capacidade de fornecer serviços que adicionam valor a toda sua cadeia.

A história de sucesso da Magalu já é bastante conhecida: de uma varejista tradicional focada em bens de produtos duráveis, a empresa se transformou em um colosso do varejo, atuante em diversas verticais de consumo e com presença robusta tanto no mundo digital quanto no mundo físico.

O crescimento da empresa nesses últimos anos esteve intrinsecamente relacionado ao avanço de suas iniciativas ligadas à logística, às boas parcerias nos segmentos de seguros e crédito, aquisições acertadas (Netshoes, por exemplo) e à evolução dos usos dos canais digitais por parte de seus clientes. Para o segmento 1P (vendas próprias), suas iniciativas robusteceram rapidamente seu nível de serviços e, mesmo com as dores do crescimento, entregaram um valor substancialmente mais elevado para seus usuários do que vinha sendo praticado no e-commerce brasileiro.

Além disso, nos últimos trimestres, o esforço em torno do marketplace também elevou substancialmente o nível de serviços do segmento 3P (vendas de terceiros — ou sellers — na plataforma), que, a partir de 2021, ganhará o apoio das lojas físicas como pontos de estoque, recebimento e entrega de mercadorias. A preocupação com a adaptação dos sellers ao uso da tecnologia e as iniciativas para mantê-los próximos à empresa é algo que merece atenção, principalmente porque esse pode ser o cerne do sucesso da Magalu nos próximos anos.

Atualmente, não existe restrição para os sellers. Em outras palavras, eles podem atuar livremente nas mais variadas plataformas de marketplace. Entretanto, vejo uma questão relevante sobre esse ponto: a plataforma vencedora será aquela que conseguir prover a melhor relação entre nível e custos de serviços para seus clientes. E as iniciativas da Magalu me parecem bastante assertivas nesse quesito.

Do lado financeiro, é preciso mencionar a ampliação do escopo da iniciativa de fintech. A aquisição da Hub Fintech, em dezembro do ano passado, permitiu o acesso da empresa ao SPB e vai ampliar substancialmente seus serviços financeiros digitais, não só para os seus clientes da ponta final, mas também para seus sellers, prestadores de serviços de logística, funcionários, etc. Essa vertente tem capacidade de alimentar sua carteira digital (Magalu Pay) e manter em seu ecossistema boa parte dos recursos que são transacionados em sua plataforma, facilitando o chamado “cash-in”.

As iniciativas ligadas à estratégia de Retail Tech (o chamado “Magalu as a Service”) visam reforçar o elo com a empresa. Por meio da integração da malha logística, da criação de linhas de crédito, suporte para estruturação das vendas via canais online e lições de marketing, a Magalu provavelmente conseguirá amarrá-los à sua cadeia. No final, o objetivo da empresa é ampliar a curva de exposição dos sellers a seus produtos, de tal forma que consiga colaborar com o crescimento sustentável das operações.

O cuidado com essa cadeia é de extrema importância para que a Magalu mantenha seu ritmo de crescimento. As plataformas de marketplace vencedoras serão aquelas que conseguirão prover níveis de serviço diferenciados. Foi isso que levou a Amazon (Nasdaq: AMZN; B3: AMZO34) ao sucesso lá fora, e é a mesma atenção, dadas as devidas especificidades do negócio, que vem transformando o Shopify (Nasdaq: SHOP) em um caso emblemático no setor. Não basta mais somente abrir as portas para os sellers. É preciso guiá-los sob a ótica da “jornada do vendedor”. Por aqui, ao que tudo indica, quem conduz bem essa dinâmica, além da Magalu, é o Mercado Livre (Nasdaq: MELI; B3: MELI34). No meu ponto de vista, ambas são as grandes vencedoras desse ambiente.

No tocante à ótica da expansão de verticais, ainda cabe mencionar: i) o avanço das operações ligadas aos produtos de supermercado. A Magalu adquiriu recentemente a VipCommerce, uma plataforma voltada para a digitalização das operações de supermercados e estruturação de vendas online. O objetivo é fornecer o serviço para as redes locais e ampliar substancialmente a oferta de produtos ao consumidor; e ii) a aquisição da AiQFome, e-commerce voltado para a entrega de refeições presente em mais de 450 cidades do país. Essas estratégias têm como foco ampliar a frequência de uso do SuperApp da Magalu e, com isso, alimentar cada vez mais o seu ecossistema.

Expansão fluminense

O Rio de Janeiro, segundo maior estado brasileiro em tamanho do varejo, era um dos poucos onde a companhia ainda não tinha presença física, o que dava lugar ao domínio da Via (VVAR3) na região. A tempestividade é notável, com 13% da população brasileira já imunizada e também com pontos físicos descontados, consequência inevitável da pandemia.

A Magalu pretende abrir 50 lojas ainda neste semestre. Como nem só de tráfego de pedestres vive o varejo contemporâneo, as lojas se tornarão minicentros de distribuição para a operação de e-commerce da companhia, que, para tal, alavancará as competências da sua Logbee. A estratégia de marketing de entrada dá direito à fluminense Anitta como garota-propaganda e até à iluminação do Cristo Redentor.

Por falar em comércio e-commerce...

Em julho, a empresa anunciou a maior aquisição de sua história, referente à compra integral do KaBuM!, um dos pioneiros no comércio eletrônico brasileiro e referência em tecnologia e games.

A aquisição terá sinergias importantes com outras duas aquisições recentes da empresa de Fred Trajano, o Canaltech e o Jovem Nerd, criando uma vertical de crescimento em seu SuperApp e nova fonte de engajamento e recorrência de compras por parte de seus usuários.

A mais recente aquisição

A mais recente transação da empresa visa complementar o seu ecossistema e digitalizar o varejo brasileiro. Ao todo, já são mais de 20 aquisições nos últimos 18 meses.

Dessa vez, trata-se da Sode, uma plataforma de logística urbana que tem por objetivo acelerar as entregas de seus clientes. Fundada em 2015, a Sode possui tecnologia proprietária especializada na gestão, roteirização e rastreamento das entregas. O valor da aquisição e os dados operacionais da companhia não foram divulgados.

A logística tem sido um ponto central da Magalu como forma de melhorar o serviço prestado ao cliente. Nesse sentido, a companhia adquiriu a Logbee em 2018 e a GFL no ano passado de forma que, em 2018, 9% dos pedidos 1P eram entregues em 48 horas. Já na última divulgação de resultados, a companhia reportou 70% dos pedidos 1P entregues em 48 horas e 51% entregues em até 24 horas.

Em um futuro próximo, a Sode poderá também fazer entregas ultrarrápidas para os sellers do marketplace da Magazine Luiza, aumentando o seu diferencial competitivo e nível de serviço em relação aos demais concorrentes.

Atualmente, a companhia é negociada por um múltiplo de três vezes suas vendas para 2022. Vemos esse patamar de preço como uma oportunidade de compra, dado o diferencial do seu produto, que ainda se encontra muito afastado da maturidade. Além disso, a capacidade do seu management de encontrar diferentes vetores para rentabilizar a operação já está mais do que provada. Por fim, seus resultados devem continuar surpreendendo ao longo de 2021. É um case que não pode faltar em nenhuma carteira.

Rumo (RAIL3)

A Rumo (RAIL3), maior operadora ferroviária independente do Brasil, conta com aproximadamente 13,5 mil quilômetros de linhas ferroviárias, 1.200 locomotivas e 33 mil vagões de maneira a atuar nas regiões Centro-Oeste, Sul, Sudeste e Norte, onde quatro dos portos mais ativos do país estão localizados. Suas operações podem ser divididas em três: Norte, Sul e Central.

A Operação Norte é composta pela Malha Norte, Malha Paulista e operação portuária de Santos. Esta operação, localizada nos estados do Mato Grosso e de São Paulo, é a mais relevante para a companhia e é responsável pelo transporte de commodities agrícolas como grãos (soja, farelo de soja e milho), açúcar, arroz, trigo e fertilizantes, além de produtos industriais como combustíveis e celulose.

Como gatilhos de curto prazo, temos a entrega de obras relevantes no Porto de Santos (SP), que melhorarão o tempo de ciclo no porto, e a entrada em operação do Terminal de Rio Verde (GO), que aumentará a capacidade de transporte de carga pela companhia. Em um prazo mais alongado, dois fatores deverão ampliar a vantagem competitiva do modal ferroviário frente ao rodoviário nesta região: a recente licitação da BR-163, cuja perspectiva de pedagiamento está prevista para o final de 2022, deverá aumentar o custo do frete em 10%, e a possível aprovação da extensão da ferrovia até o município de Lucas do Rio Verde (MT) partindo de Rondonópolis (MT).

Do ponto de vista da demanda de grãos, enxergamos um ambiente propício para a empresa, em especial quando acompanhamos o consumo proveniente da China, que passou a implementar novos padrões sanitários após a gripe suína africana e passou a demandar um volume maior de grãos, mais notadamente soja e milho. Do lado da oferta de grãos, o cenário também se encontra benéfico, influenciado pelos bons preços praticados pelo mercado.

Já a Operação Central, cuja concessão foi adquirida em leilão pela companhia em 2019, está situada entre os estados do Tocantins e de São Paulo. Ainda em fase pré-operacional, esta malha será de suma importância para o auxílio na capacidade de transporte da companhia, visto que possui sinergias importantes com a Operação Norte, que tem como gatilhos, além da entrada da operação de grãos nas próximas semanas, a entrada em operação de demais terminais, como de fertilizantes, açúcar e combustíveis.

Por fim, a Operação Sul engloba a Malha Sul e a Malha Oeste e está localizada nos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em relação à Malha Oeste, que é deficitária, a empresa já deu entrada no processo de pedido de relicitação para os órgãos competentes. Embora seja pouco representativa para o resultado consolidado da companhia, o objetivo é se desfazer do ativo antes do fim da concessão em 2026. Na Malha Sul, cujo contrato vence em 2027, o principal gatilho seria uma possível licitação da concessão da Ferroeste, que já se encontra em operação pelo governo do Paraná. Essa ferrovia teria sinergias importantes com a operação atual e poderia agregar ao resultado consolidado do grupo.

Em suma, além de já possuir uma operação robusta no país, a Rumo (RAIL3) tem observado atentamente os movimentos do mercado para aumentar a capacidade de transporte e consolidar sua participação de mercado com um modal de transporte mais eficiente e seguro do que a alternativa rodoviária.

Vale (VALE3)

A Vale, líder na produção de minério de ferro que é o principal insumo para a indústria siderúrgica, será uma das principais beneficiadas do crescimento expressivo esperado para a economia global.

A China e os Estados Unidos, que já estão em recuperação – imprimindo um ritmo mais acelerado nas suas atividades - são justamente os principais consumidores de minério de ferro do mundo.

Atualmente, o maior parque siderúrgico do mundo encontra-se na China – responsável por cerca de 53% de toda a produção mundial de aço (quase 1 bilhão de toneladas).

No cenário americano, dentre as iniciativas do presidente Joe Biden para estimular a economia, foi anunciado um pacote de US$ 2,3 trilhões focado em investimentos em infraestrutura – uma maneira de gerar empregos.

A cotação do minério de ferro deve continuar em linha ascendente ao longo deste ano. A tonelada de minério com teor de 62% de ferro está acima de US$ 200.

Dólar alto

A Vale exporta grande parte da sua produção e, por isso, possui receita praticamente 100% dolarizada. Como o dólar segue valorizado frente ao real, isso é um fator que beneficia a companhia.

A Vale (VALE3) apresenta múltiplo EV/Ebitda esperado para 2021 abaixo da média dos seus pares. Historicamente, a companhia mineradora brasileira negocia com desconto em relação às concorrentes. Esse desconto deve ser reduzido com as medidas ambientais e de melhoria na governança que vêm sendo implementadas pela gigante brasileira.

O desempenho das ações da Vale (VALE3) tem sido fenomenal: quase 200% de valorização desde que adicionamos a ação à carteira do MAB, em abril de 2020.

A empresa está em um momento muito especial: capacidade de produção restabelecida após acidentes e auge da pandemia, custo de produção baixo e minério de altíssima qualidade sendo negociado acima de US$ 200 no mercado internacional.

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Essa combinação favorável vai contribuir para que a empresa possa gerar um belo caixa este ano e promover de forma robusta uma distribuição de dividendos e recompra de ações, visando aumentar a remuneração de seus acionistas.

Além disso, a companhia está com dívidas e passivos controlados e há a possibilidade de destravamento de valor com um possível IPO de sua unidade de metais básicos (níquel e cobre).

Com as variáveis macroeconômicas atuais, entendemos que VALE3 possa atingir R$ 130 nos próximos meses.

Reforçamos nosso call em Vale, tendo em vista o seu valuation atrativo (3,5 vezes EV/Ebitda) e o momento extremamente positivo para a empresa.

Como investir?

Você pode comprar as ações deste report de forma direta e isolada na sua plataforma de preferência.

Recomendamos que fique atento às atualizações nesses racionais de investimento para estar totalmente por dentro de eventuais mudanças na recomendação e pontos de saída desses papéis.

Você também pode comprar as 4 ações com capital 100% protegido (sem risco de perda em caso de queda dos papéis) através das plataformas da Vitreo e do BTG.

Para saber todos os detalhes desta operação estruturada com capital protegido, veja as lâminas nos links a seguir:

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Bons investimentos!